segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Até quando?

Dura realidade em que vivemos. Nós policiais somos verdadeiros super-heróis. Sim, com certeza somos, e somos daquele tipo de super-herói sem super-poderes, aliás, com muitos poderes. Pois, afinal, somos poderosos quando cumprimos a missão que nos é designada, somos poderosos quando, mesmo sem o suporte mínimo de segurança, tentamos fazê-la ", nem que seja uma segurança abstrata, somos poderosos quando relatamos ao nosso "guia" sobre a intensa força dos nossos inimigos, mas mesmo assim somos enviados,e é nesse momento que somos mais poderosos ainda.

Aprendemos que não devemos deixar que a rotina nos alcance, não devemos menosprezar o inimigo e permitir que os mesmos se sobressaiam pela surpresa das ações, aprendemos também que sozinho não chegamos a lugar nenhum e que não devemos tomar "decisões isoladas", e que é necessário sempre alguém ao nosso lado, para no mínimo, nos levantar quando cairmos, para que, ao cair, não nos prostremos ao chão e não exponhamos a nossa fraqueza. Aprendemos que não trabalhamos com regras e sim exceções e são elas que nos trazem muitos transtornos, muitos deles irreparáveis.

Aprendemos que a superioridade numérica para uma "ocorrência em potencial"é imprescindível, e que para uma ocorrência real é decisiva,
Aprendemos que a vida é um bem insubstituível, e que deve ser preservada.

Mas existem males que vem para o bem, e por isso aprendemos que não devemos exigir de alguém aquilo que sequer damos exemplo.
Aprendemos com isso o que é se sentir desamparado quando se quer aconchego, e talvez entendamos melhor o outro, que luta contra diversos inimigos, ora em batalhas internas ora em batalhas reais ou potenciais, e é nesse momento que somos super-heróis, por lutarmos por vários inimigos ao mesmo tempo e mesmo assim conseguimos sair vitoriosos.

Somos poderosos quando confortamos nossa família e com convicção afirmamos que logo retornaremos aos nossos lares. E de alguma forma temos a certeza que ao final da batalha sairemos ilesos. Mas será que diante de tudo isso, estamos potencializando demais os fatos, por que não? E é nesse momento que percebemos que a tão enfatizada superioridade numérica é de alguma forma respeitada, por reconhecermos que deve haver alguém ao nosso lado- e com certeza há- um Guia Superior acompanhado do seu Exército de Anjos, nos protegendo quando o guia terreno se omite. Até quando, até quando aprenderemos o que já sabemos?

6 comentários:

José Ricardo disse...

Excelente texto!!!!

Anônimo disse...

Duras verdades, Rosemberg. Coaduno com sua visão.

Ten Marcelo disse...

Muito bom!!!
Gostei muito...
Até quando ? A resposta depende mais de nós do que qual quer outra coisa. De nós!

Rosemberg disse...

obrigado a todos que leram o texto. Com certeza vocês sabem do que estou falando!

Anônimo disse...

Realmente somos super-heróis. Espero que reflitamos sobre isso. Muito oportuno o texto!!

Anônimo disse...

enquanto o guia terreno não se manisfesta,vamos nos segurar no guia celestial e seus anjos,bom texto!!!